As perspectivas de crescimento do mercado de turismo online se consolidam no Brasil. A Ebit, que acompanha a evolução do varejo digital no país desde 2001, divulgou o Webshoppers 2017 , estudo sobre o comércio virtual brasileiro e principal referência para os profissionais do segmento.

De acordo com a pesquisa, o mercado de turismo online nacional atingiu R$30 bilhões em 2016, registrando uma alta de 73% desde 2012. Além disso, os resultados do primeiro semestre de 2017 e as estimativas para o segundo semestre do ano animam o setor de turismo online.

Pesquisa mostra preferência dos viajantes

O estudo da Ebit foi realizado por meio de um questionário, aplicado a mais de 5 mil pessoas de todo o país, sobre a experiência de consumo de serviços online relacionados ao turismo, como a aquisição de passagens aéreas e pacotes turísticos, reserva de hotéis, compra de ingressos, entre outros serviços. Com isso, a Ebit traçou as preferências dos consumidores com base no perfil deste público.

Dos entrevistados, 64% são homens de 46 anos (média) e com renda familiar média de R$7.308, dos quais 65% são graduados e 64,8% vivem na região Sudeste.

Em relação aos dispositivos utilizados para o consumo de serviços de turismo online, o desktop foi utilizado por mais de 60% das pessoas com objetivos diferentes (comparar preços, definição de destino, pesquisas de voos e hotéis e reservas). Os smartphones foram utilizados por uma média de 15% dos entrevistados.

A pesquisa levantou ainda os principais motivos que motivaram os consumidores a fazer viagens nos últimos 12 meses. Mais da metade dos respondentes afirmaram ter viajado por motivo de férias em geral, sendo que cerca de 20% apontaram como principal motivo a necessidade de “sair da rotina”. Mas para realizar a tão sonhada viagem, os entrevistados afirmam que economizam com entretenimento e até mesmo na troca de carro e de celular.

Como primeiros passos do processo de reserva de viagens, foi constatado que inicialmente 17% dos entrevistados definem o destino, em seguida pesquisam o voo (13,8%), pesquisam os hotéis (13,3%) e então comparam os preços dos voos e hotéis (12,6%). Somente após esses passos os consumidores definem de fato o destino e fazem a reserva do voo.

Cerca de 64% dos que responderam preferem adquirir as passagens aéreas diretamente no site das companhias e 73% não pagaria mais de R$ 1 mil sem recorrer ao parcelamento. Ao reservar um hotel, a segurança, o fácil acesso a transporte, o preço da estadia e a localização foram apontados como fatores mais relevantes.

A Ebit ressalta ainda o crescimento da venda de ingressos online, segmento que vem a cada ano ampliando sua participação nesse mercado. Estima-se que só em 2016 a venda de ingressos tenha somado R$ 3,5 bilhões, volume 99% superior ao apurado em 2012.